Quando falamos em processo no âmbito psicoterapêutico estamos nos referindo a forma como se desenrola a interação terapeuta-cliente, ou seja, tudo que o cliente trás para o contexto terapêutico. E não linear, significa que é sinuoso, ele oscila entre lidar com as alegrias e frustrações que a nossa experiência proporciona, um caminho de altos e baixos. Num dia o cliente sai todo feliz e saltitante da sessão, no outro muito angustiado por entrar em contato com alguns sentimentos considerados aversivos por ele.
Em geral, os clientes procuram o psicólogo querendo se livrar de sentimentos dolorosos como ansiedade, medo e depressão. Na ânsia de se livrarem deste sentimento desejam que o psicoterapeuta promovam a "cura". (Brandão, 1999)
Entretanto, o relacionamento interpessoal entre cliente e terapeuta freqüentemente evoca situações difíceis, assim promovendo oportunidades para desenvolver tolerância emocional. A Tolerância Emocional, é aprendida por meio da auto-observação, acontece quando o cliente é capaz de observar e falar de seu problema e sobre as causas do que lhe está acontecendo . (Brandão, 1999)
Deste modo, temos que entender que o processo psicoterapêutico leva tempo, e este tempo não pode ser passivo, é um tempo voltado para a ação. Um tempo em busca de autoconhecimento de se aceitar como se é ou ir em busca da mudança.
E neste trajeto aos nos depararmos com nossas feridas podemos sentir rejeição, culpa, raiva e medo de nós mesmos. Isto pode minar nossa autoconfiança criando a crença de que não somos capazes, nos afastando da ideia de autonomia sobre a nossa própria vida. Mas neste espaço psicoterapêutico podemos aprender estratégias para o enfrentamento da dor e a nos responsabilizar por nós mesmos.
Bruna Andreoli escreveu que aceitar as dores da vida é um processo que nunca termina. E é verdade, a dor não desaparece num estalar de dedos, por medo de lidar com ela, acabamos nos esquivando, fazendo com que ela apenas se esconda, e ao viramos uma esquina podemos nos deparar com a dor novamente. A dor não é de todo ruim, ela sinaliza que algo não está bem naquela parte da nossa vida e ao lidarmos com ela podemos seguir adiante, e quando nos sentimos realizados, nos sentimos mais felizes.
Não é uma tarefa fácil, mas podemos nos engajar neste processo, aprendendo a cuidar de nós, apesar das dificuldades, e de parecer que estamos "sem sair do lugar" é importante compreender que esta parada nos leva a refletir sobre a dor que nos é causada, mesmo sabendo que é difícil, podemos sair dessa experiência mais autônomos. A vida sempre traz surpresas boas e ruins e a forma como nos portamos diante destes eventos é que vai fazer a diferença.
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Referências:
BRANDAO, Maria Zilah da Silva. Terapia comportamental e análise funcional da relação terapêutica: estratégias clínicas para lidar com comportamento de esquiva. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo , v. 1, n. 2, p. 179-187, dez. 1999 . Disponível em . acessos em 09 abr. 2019.
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